Como fazer o planejamento financeiro do condomínio para 2016?

Chegamos ao final de 2015, hora de fazer planos para 2016, de fazer votos e promessas para nós mesmos, e de pensar naquelas listas de objetivos para buscarmos, mas, não podemos esquecer que 2015 foi um ano complicado, um ano de crise política, crise financeira, aumento do desemprego, diminuição do poder de compra, dificuldades para quitar as contas, enfim, poderia enumerar uma dezena de situações que todos nós vivenciamos neste ano.

Esse cenário me leva a escrever sobre a necessidade premente de um planejamento criterioso para 2016, no que diz respeito às despesas condominiais. Hoje temos visto condomínios com grandes dificuldades para cumprir suas obrigações mais básicas, como folha de pagamento, 13º. salário dos funcionários, pagamento de concessionárias e etc.

Razões para isso? Podemos remeter a responsabilidade para crise financeira que fez com que muitos condôminos tivessem diminuição de suas rendas, o que nos levou ao aumento da inadimplência, agravado pelo reajuste excessivo de concessionárias (ex. Eletropaulo acumulou um reajuste superior a 50% em um ano). Uma verdadeira bola de neve.

Mas como podemos evitar isso, ou minimizar os impactos, já que muitas dessas situações não dependem das ações de síndicos, gestores e administradoras?

Minha resposta neste momento seria uma só: Planejamento Criterioso.

Agora você pode me perguntar: como planejar?

Penso que o caminho para esse planejamento pode ser traçado em 3 passos. Organizar a situação atual; Otimizar o que for possível, e finalmente, traçar o plano ou planejamento para pagamentos;

Organizar a situação atual, é fundamental para que o gestor/síndico entenda exatamente onde se encontra, quais são os problemas que precisam ser atacados. Ex. Como está sua folha de pagamento? Existem muitas horas-extraordinárias?

Toquei no item folha de pagamento propositalmente, uma vez que, esse item atinge até 60% das despesas de um condomínio.

Bem, entendendo onde estão os pontos, digamos vulneráveis, o segundo passo precisa ser dado: otimizar os custos. O atual momento econômico do país, nos leva a reduzir despesas, mas entendo que a situação não seja tão simples, pois reduzir despesas ou simplesmente trocar um prestador de serviços por um mais barato pode influenciar diretamente na qualidade deste trabalho. Quando falamos em otimizar é buscar uma readequação sem perder a qualidade.

Organizamos, otimizamos e agora podemos passar para o passo 3. Planejar tudo isso.

No primeiro trimestre há uma concentração de assembleias para aprovação das contas do ano anterior e aprovação do orçamento para o próximo ano/período. Esse é o momento exato do planejamento. Nessas assembleias é essencial que o planejamento financeiro do condomínio seja apresentado e aprovado pelos presentes.

E o que devemos considerar nessa planejamento?

É fundamental que sejam considerados itens como, índice de inadimplência do ano anterior e provisionado valores de contingenciamento, provisionamento das despesas com pessoal, principalmente 13º. salário, dessa forma a arrecadação não onerará no final do ano, previsão de dissídio da categoria e reajustes contratuais.

Como fazer isso?

Através de profissionais especializados em administração para que juntos possam traçar esse planejamento claro que abrangerá as obrigações mensais e investimentos futuros.

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