O que moradores de prédio podem fazer para se proteger do coronavírus

Covid19

24.03.2020,

Por: admindev

Fechar áreas comuns e adiar assembleias estão entre as principais medidas de segurança

Mesmo que façam quarenta como medida de combate à pandemia da Covid-19, moradores de condomínio podem estar sujeitos à doença se não seguirem medidas de segurança.

“Não estamos isolados em condomínios. É um espaço em que um deve cuidar do outro”, afirma Rosely Schwartz, professora do curso de Administração de Condomínios e Síndico Profissional da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado). Veja, a seguir, respostas às principais dúvidas de moradores e funcionários de condomínios.

Posso sair para dar uma volta no jardim do meu prédio? Fazer uma caminhada rápida não apresenta riscos se o ambiente for arejado e o morador tomar precauções, diz a infectologista Fernanda Décio, do hospital do Sírio-Libanês.

Para se proteger, é preciso evitar aglomeração e manter uma distância de segurança de dois metros de outras pessoas. Redobre cuidados com a mão nessa hora: ela não deve ser levada à boca, nariz ou olhos. Lembre de fazer a higiene com álcool em gel depois de tocar corrimão, bancos, botão do elevador e outros pontos de contato, que podem transmitir o vírus.

 

Isso também vale para idosos?
Idosos e outras pessoas dentro do grupo de risco (com condições médicas preexistentes, como pressão alta, doenças cardíacas e pulmonares, entre outros) devem permanecer em casa ao máximo e sair apenas em situações de extrema necessidade.

 

Quais cuidados necessários com crianças?
Crianças devem seguir as mesmas recomendações sobre distância e aglomeração, além de evitar trocar brinquedos e outros materiais com colegas —por isso é importante que sejam monitoradas por adultos.

 

Como receber visitantes de forma segura?
Não se deve proibir a entrada de pessoas, mas o ideal é receber apenas visitas imprescindíveis. Neste caso, a sugestão é que o condômino reforce ao visitante, com antecedência, a importância de observar as medidas de segurança, como uso de álcool em gel nas mãos e distanciamento dos moradores.

 

O que fazer com áreas fechadas do condomínio?
Espaços fechados, a exemplo de salão de festa, espaço gourmet, brinquedoteca, sauna e academia, devem ser limpos e desativados. Mas as regras para áreas abertas (playground, piscina, jardins) podem variar.

Fechá-las completamente é uma decisão extrema para a especialista Rosely Schwartz, professora da Fecap, que recomenda a divulgação de circulares sugerindo a moradores usar esses espaços de forma consciente, evitando aglomerações.

Alguns edifícios estão fazendo rodízio das áreas abertas escalonando andares dentro de faixas de horário, de acordo com a administradora Lello.

 

Como deve acontecer o contato entre moradores e funcionários?
Porteiros devem permanecer isolados na guarita e, quando for necessário conversar, é importante evitar contato físico e manter a distância de segurança de dois metros, de acordo com a infectologista Fernanda Décio, do hospital do Sírio-Libanês. Quais medidas podem proteger a saúde dos funcionários? Primeiro, é preciso verificar se existem funcionários no grupo de risco. Neste caso, a recomendação é substituí-los por trabalhadores terceirizados.

 

Muitos condomínios estão discutindo medidas para funcionários evitarem uso de metrô, ônibus e trem, como custeio de serviços de transporte ou pagamento de um “vale combustível” para quem pode usar carro.

Ao usar máscara, funcionários devem tomar cuidado para não levar mais vezes a mão à boca ao ajustar a proteção, isso pode levar a mais chance de contaminação. Também devem ficar atentos para não compartilhar utensílios como copos.

Se um morador teve exame de coronavírus confirmado, deve comunicar ao síndico? A recomendação é que a comunicação seja feita, assim cuidados de limpeza podem ser redobrados –e o condomínio pode prestar ajuda de forma segura.

 

O que fazer com reuniões de condomínio? Assembleias virtuais são alternativa?
A recomendação é adiar reuniões para que não haja aglomeração. Como solução, existem assembleias virtuais, porém o ideal é sejam usadas ferramentas específicas para isso, e de forma consensual entre os moradores —como não existe legislação sobre o assunto, as decisões tomadas nesse tipo de reunião podem ser contestadas caso algum condômino não se sinta representado ou não consiga acessar a ferramenta.

 

Como manter seguras as áreas comuns que não podem ser evitadas, como hall do elevador?
O condomínio deve disponibilizar álcool em gel em espaços estratégicos, como no hall do elevador, entrada do prédio e corredores, além de informativos sobre como é feita a transmissão da doença e como evitá-la. A limpeza de áreas com maior circulação e pontos de contato, como botões de elevadores e corrimãos, deve ser redobrada. É seguro usar o elevador? Sim, desde que se mantenha uma distância de segurança de dois metros —por isso, muitos condomínios recomendam o uso de uma pessoa por vez. Após apertar os botões, lave as mãos ou higienize com álcool em gel.

 

Fontes: Angélica Arbex, gerente de relacionamento da Lello Condomínios; Fernanda Décio, infectologista do hospital do Sírio-Libanês; Rosely Schwartz,professora do curso de Administração de Condomínios e Síndico Profissional da Fecap e autora do livro “Revolucionando o Condomínio” (ed. Benvirá)

 

A Lello é a maior administradora da vida em comum no Brasil, responsável pela gestão de cerca de mais de três mil empreendimentos na Capital paulista, ABC, Campinas, Jundiaí, Piracicaba e no litoral do Estado. Existem hoje cerca de um milhão de pessoas que vivem em locais administrados pela Lello. Sempre a procura de como a tecnologia pode melhorar e facilitar a vida em comum, a Lello tem uma séria de iniciativas pioneiras que está alterando a forma como as pessoas enxergam suas comunidades.

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