Cuidados ao cortar os custos do condomínio

Matérias

18.05.2016,

Por: admindev

O Brasil está em crise.

Em fevereiro deste ano, a revista britânica “The Economist” escreveu: “A economia brasileira está uma bagunça, com muito mais problemas do que o governo jamais vai admitir”.

Estamos vivendo dois cenários: a crise política (recentemente assistimos ao segundo processo de impeachment de um presidente no Brasil em menos de 25 anos) e a crise financeira (hoje temos mais de 11 milhões desempregadas no país). É difícil conversar com as pessoas sem que elas mencionem ou conheçam alguém que perdeu o emprego. Empresas fechando, comércio baixando suas portas e demitindo ainda mais pessoas. O cenário da crise é conhecido por todos nós.

E o que isso reflete no cenário de condomínios? Em tudo. Temos proprietários sem trabalho e com diminuição de renda, que certamente precisam priorizar as despesas e em muitas vezes optam por não pagar o condomínio (o que recentemente se tornou ainda mais sério), contribuindo para o aumento da inadimplência e deixando apenas uma saída para os síndicos: diminuição de despesas.

Todos nós, de algum modo, realizamos diminuições de despesas para enfrentar esse momento do país, mas gostaria de convidá-lo para uma reflexão sobre a diminuição de despesas em um condomínio.

Sempre e, atualmente, em maior escala, o objetivo de qualquer síndico é manter um condomínio atualizado com suas obrigações fiscais, trabalhistas e legais, com a manutenção dos equipamentos em dia e trabalhando para valorização do bem.

O que chamo a atenção é para que observemos os critérios dessa diminuição de despesas exatamente no que tange ou no que abrange os aspectos fiscais, legais, manutenção e valorização do bem.

Destacarei abaixo um exemplo de cada para que possamos ter ciência da abrangência dessa ação:

Aspectos legais trabalhistas: recebemos uma série de solicitações para que façamos análises na folha de pagamento dos condomínios. Afinal de contas, temos um valor alto empregado nessa despesa, que equivale a aproximadamente 50% a 60% do valor da cota condominial. Essa análise deve sempre respeitar os parâmetros legais estabelecidos na CLT. Por exemplo, em caso de uma supressão de horas extraordinárias sem a observância rígida das obrigações legais, essa redução pode sair muito cara ao condomínio.

Sobre os aspectos de manutenção do patrimônio (ou a manutenção preventiva que o condomínio precisa ter mensalmente): ouvimos em alguns casos que o condomínio trocará um determinado prestador de serviço por outro com quase 40% de redução no preço. Isso nos deixa apreensivos, pois tamanha redução pode esconder problemas fiscais, estruturais e financeiros do prestador.

Aspectos de valorização do bem: é preciso observar sempre esse parâmetro, pois deixar de fazer manutenções corretivas pode desvalorizar o bem, como também manter prestadores de serviços que apresentem uma qualidade de seu trabalho aquém daquilo desejado pelos condôminos pode trazer dissabores.

Por fim, o momento é de atenção e de ações, mas elas precisam ser pensadas e estudadas por profissionais competentes que possam orientar de maneira correta o síndico e conselho. As reduções, nesse momento, são necessárias e devem ser feitas, mas com cautela para que o condomínio não acabe com problemas maiores dos que os já existentes.

Conte conosco!

A Lello é a maior administradora da vida em comum no Brasil, responsável pela gestão de cerca de mais de três mil empreendimentos na Capital paulista, ABC, Campinas, Jundiaí, Piracicaba e no litoral do Estado. Existem hoje cerca de um milhão de pessoas que vivem em locais administrados pela Lello. Sempre a procura de como a tecnologia pode melhorar e facilitar a vida em comum, a Lello tem uma séria de iniciativas pioneiras que está alterando a forma como as pessoas enxergam suas comunidades.

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