SP baterá recorde histórico de novos condomínios entregues em 2024, com 818 empreendimentos

Número é quase o dobro de 2023, segundo a Lello, que mapeou os bairros onde serão implantados os novos edifícios, média de unidades e quanto custam por m² conforme o perfil de cada condomínio a ser implantado neste ano na capital paulista.

Em 2024 cidade de São Paulo baterá recorde de verticalização e de entrega de novos condomínios em um único ano, com 818 empreendimentos e cerca de 150 mil apartamentos.

O número é quase o dobro do registrado no ano passado – 424 novos condomínios -, segundo levantamento realizado pelo Data Lello, frente estruturada de dados da administradora Lello que compila, traduz, cruza analisa e transforma em informação e tendência os dados relacionados à vida em comum nas cidades.

Do total de novos empreendimentos a serem entregues até o fim deste ano, 98% são residenciais e apenas 2% são comerciais.

Segundo o estudo do Data Lello, os bairros paulistanos que irão receber maior número de condomínios são Pinheiros, Vila Mariana, Perdizes, Butantã, Vila Clementino, Itaim Bibi, Ipiranga, Vila Nova Conceição e Brooklin (veja tabela abaixo). O valor médio do m²  do total de 818 novos condomínios é de R$ 14,5 mil.

Os condomínios de alto padrão responderão por 24,8% das novas entregas. Serão 203 empreendimentos até o fim do ano, com valor de R$ 22,5 mil o m² e média de 89 apartamentos por edificação.

Já os prédios de médio padrão irão representar 36% das novas implantações na cidade em 2024, com 295 empreendimentos, valor de R$ 15,2 mil o m²  e média de 183 unidades, cada.

Os condomínios do tipo “médio-baixo” padrão responderão por 24,2% das novas entregas, com 198 novas edificações, valor de R$ 9,05 mil o m² e média de 256 apartamentos por empreendimento.

Em relação aos chamados condomínios “econômicos”, serão 94 novos empreendimentos – 11,5% do total -, com valor médio de R$ 6,5 mil o m²  e média de 280 unidades, cada.

Segundo Angélica Arbex, diretora de Marketing da Lello Condomínios e coordenadora do estudo, a expansão vertical em São Paulo vive um ciclo de forte aceleração. “Conseguimos conhecer uma cidade e saber muito de seu desenho futuro através da expansão do mercado imobiliário. Nunca se viu um momento como este. Uma aposta da estabilidade da economia, na queda de juros e na força de São Paulo”, afirma.

“A verticalização de uma região muda toda a paisagem urbana da área. A geração de empregos e a ampliação da oferta de comércio e de serviços no entorno sempre acompanham a aceleração imobiliária. O plano diretor da cidade há muitos anos vem incentivando o desenvolvimento imobiliário onde há mais oferta de transporte público, corredores de ônibus, estações de trem e metrô. Equilíbrio é importante para que a cidade cresça de forma sustentável”, destaca a executiva.

 

Segundo ela, nunca foi tão importante a criação de pautas de sustentabilidade e de regeneração urbana no mercado imobiliário como agora. “Os empreendimentos já precisam nascer com soluções pensadas para o reuso de água, alterativas para geração de energia limpa, correta destinação de lixo, compostagem, horta, dimensionamento adequado para carregamento de carros elétricos e formação de comunidades fortes de vizinhos. Não há outra maneira de viver em comunidade que enfrentando, debatendo e criando soluções inteligentes e com respeito aos recursos naturais, finitos. Um empreendimento não é uma ilha isolada do mundo. Ele integra todo um contexto, especialmente das grandes cidades. Não olhar para estes temas torna inviável a vida urbana. E criar esta cultura num condomínio que está nascendo é a forma mais orgânica de mudar as cidades para melhor”, conclui Angélica.

* Dados fornecidos pelo setor de Implantação de Condomínios da Lello

 

Mapa dos novos condomínios a serem entregues em 2024 na cidade de São Paulo (fonte: Lello Condomínios)