Eleição de síndico

Matérias

30.09.2016,

Por: admindev

Um condomínio residencial padrão, de uma torre, 64 apartamentos, dois elevadores e sete funcionários na zona sul de São Paulo tem um custo de manutenção, incluindo folha de pagamento, contratos de conservação e manutenção e despesas com energia elétrica, gás e água de aproximadamente R$ 500 mil por ano.

Este é o valor que o síndico, eleito pelos moradores, administrará ao longo de 12 meses. Se o mandato for bienal, como ocorre em muitos edifícios, o morador escolhido para o cargo de síndico terá de lidar com R$ 1 milhão em arrecadações de cotas. Um valor expressivo.

Mais do que isso, os responsáveis legais pelos condomínios terão de estar atentos a uma série de rotinas ao longo do exercício da função, em uma extensa agenda para garantir não somente a segurança e a comodidade dos condôminos mas também, e igualmente importante, um empreendimento valorizado e em dia com todas as obrigações previstas pela legislação.

O controle da inadimplência, o efetivo recolhimento e pagamento de encargos como FGTS e 13º dos funcionários, bem como dos prestadores de serviço do condomínio, a realização de obras estruturais e inspeção predial, atendimento às normas de segurança da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros, contratação de seguro obrigatório e a manutenção de toda a documentação do condomínio em dia são apenas algumas das obrigações atreladas ao dia a dia dos cerca de 21 mil síndicos de São Paulo.

São atividades gerenciais complexas, além de todas as questões envolvendo o relacionamento entre moradores e conflitos de vizinhança, e que exigem, portanto, cidadãos extremamente comprometidos e com um mínimo de conhecimento e experiência em legislação, contabilidade e recursos humanos.

Esperam-se, do mesmo modo, síndicos que tenham capacidade de inovar na gestão, incluindo iniciativas de sustentabilidade e de mobilização dos moradores em torno de questões que envolvem a participação coletiva, como a segurança do edifício, a correta utilização das áreas comuns e o uso racional da água.

Em São Paulo, a rápida verticalização da cidade e da região metropolitana, com novos e diferentes perfis de empreendimentos imobiliários, aliada a fatores como a oferta de crédito para a compra de apartamentos na planta, tem gerado um novo fenômeno: cada vez mais moradores de condomínios residenciais assumem, pela primeira vez, a função de síndico.

Atualmente, cerca de 20% dos condomínios paulistanos são administrados por novos síndicos, que nunca tinham exercido o cargo antes.

Além disso, uma tendência vem sendo observada nos últimos anos.

Em prédios recém-entregues pelas construtoras, especialmente nos maiores e com três torres ou mais, a disputa pelo cargo de síndico é acirrada entre os moradores, com, pelo menos, dois ou mais condôminos disputando a eleição para síndico. Esta nova situação difere da encontrada há 10 ou 15 anos, quando, tradicionalmente, ninguém queria assumir a função de síndico nos condomínios residenciais.

O síndico pode ser proprietário, inquilino ou alguém de fora do prédio, conforme a decisão da maioria dos condôminos. Suas principais atribuições são representar o condomínio, zelar pelo cumprimento da convenção e do regimento interno, cuidar da conservação e da manutenção das áreas comuns e equipamentos, negociar com fornecedores e prestar contas aos condôminos sobre despesas efetuadas, entre outras responsabilidades.

Pela complexidade da administração e todas as obrigações que os síndicos devem cumprir, é preciso escolher com muito critério e cautela quem comandará o condomínio.

Para escolher quem será o síndico, o morador deve, assim como em qualquer eleição, perguntar aos candidatos quais são suas propostas, quanto tempo terá para cuidar das inúmeras demandas do condomínio e as mudanças que ele pretende fazer na gestão.

Além disso, é recomendável que o condômino tenha acesso ao currículo profissional e acadêmico dos candidatos a síndicos, para verificar sua experiência e capacidade gerencial.

Já o candidato a síndico precisa ter consciência da enorme responsabilidade que a função exige. Administrar um condomínio é como gerenciar uma empresa, com inúmeras obrigações contábeis, trabalhistas, fiscais e previdenciárias. Há, ainda, o fator emocional, já que o síndico deve gerenciar conflitos e administrar vaidades, pontos de vista e interesses diferentes entre funcionários e condôminos.

A qualidade da gestão é fator decisivo nas empresas, nos governos e também nos condomínios residenciais. Eleição de síndico é coisa séria.

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